sábado, 2 de junho de 2018

Pitacos na rede - abril e maio de 2018




Um país que elege como referência de satisfação e regozijo máximos, as prisões de lideranças políticas, transformadas em um espetáculo, onde potencializamos, em um grande delírio coletivo, nossos desejos mais primitivos de vingança e violência, é um país muito, muito doente. - (23 de maio).



República das Bananas, já não nos basta. Talvez, Das Cascas das Bananas, nos fosse mais apropriado. Um tombo após o outro. Sempre dos grandes. Onde, não apenas, desmontamos um Estado-social mínimo, de forma, aparentemente, irreversível, caímos em um modelo civilizatório, completamente degenerado e, a cada dia, mais subjugados a um tipo de neoimbecialidades, que parece desconhecer quaisquer limites. República Cascas das Bananas do Brasil. Pode ser assim?  - (05 de maio).




Na República dos Coxinhas, estão comemorando o 21 de abril, soltando vivas e fogos à Silvério dos Reis. Dançam sobre o pó e as cinzas de um Brasil esquartejado. (21 de abril).




São inegáveis os danos que o desconhecimento da História podem trazer a um povo; difícil é imaginar o quanto a estupidez coletiva pode nos degradar. Patos infláveis, amarelos, coxinhas tóxicas, apodrecidas, e uma ponte para o futuro, de pernas para o ar, são, não apenas, símbolos de um tempo que se faz presente, mas também, os sinais da desmemória de um passado totalmente ignorado. Então, avante. Para onde mesmo? - (16 de abril).




À Rede Globo não bastou transformar uma parcela do povo brasileiro em uma multidão de tolos, alienados e ignorantes; para implementar seu projeto de poder e domínio, foi necessário transformá-lo também em um exército da intolerância, fanatismo, da vingança e do ódio. A Globo é um câncer a condenar o brasileiro a um processo de autofagia voraz. É uma metástase corrosiva que empurra o país ao abismo e à uma degradação moral sem precedentes. É o Império da corrupção ética, da mentira e do medo; carrega a pretensão do suposto fim da história. A supremacia do caos, da violência e da brasilidade fútil e degenerada. Fora Globo e toda a mídia golpista e hipócrita. Acima de todos os males, venceremos. Já não basta, porém, desligá-la, simplesmente, apertando um botão. Tornou-se urgente, mais do que nunca, extirpá-la, definitivamente, sem concessões, do mapa do Brasil. -  (14 de abril).



Fico imaginando como podem autointitulados cristãos, gente de fé, pronuciarem as palavras amor e perdão, com a baba do ódio lhes empapuçando a língua. - (11 de abril).



Se já é lamentável e desolador vermos amplos setores da direita comemorando a prisão do ex-presidente Lula, pior ainda é quando encontramos militantes do campo da esquerda fazendo o mesmo. Desnecessário dizer que a política conciliatória, sob a benção dos mercados, dos governos Lula e Dilma, não representa a totalidade do pensamento de esquerda e dos movimentos populares no Brasil. Agora, fazer chacota e festejar a prisão de Lula, no contexto do retrocesso político e do avanço do fascismo, que vemos por aqui, é algo, realmente, difícil de compreender e aceitar. Um jogo perigoso, imaturo e arriscado. Além de fazerem coro e misturarem-se às bandeiras da direita, arriscam-se a perder o respeito que ainda tem e, por fim, a própria significância. Uma pena. 
(08 de abril).    






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